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“A arquitetura é o jogo sábio, correto e magnífico dos volumes dispostos sob a luz”

Há pouco mais de 1 ano a avassaladora e inesperada avalanche do Corona Vírus desabou sobre nossas cabeças, alterando a dinâmica das nossas rotinas e, infelizmente, está longe de se esgotar e nos devolver a vida como a conhecíamos antes.

Neste cenário caótico que se apresentou no ano de 2020 uma coisa ficou muito clara: a capacidade de adaptação do ser humano, mesmo que com altos custos psíquicos e sociais.

Logo as pessoas, empresas, escolas, poder público, amparados pelas tecnologias, se organizaram e passaram a criar uma nova forma de interação e produção em muitas atividades, especialmente no comércio e na prestação de serviços.

Com isso, muitos escritórios que ocupavam grandes espaços corporativos com alto custo de manutenção ficaram obsoletos em detrimento do chamado “home office”. Houve em muitos casos até o aumento na eficiência e produtividade, muito amparado pela diminuição nos tempos de deslocamentos entre casa e local de trabalho. Parece ter surgido aí uma saída para a diminuição de custos, aumento de eficiência, logo maior lucro.

Porém, a primeira onda de euforia e de sensação de liberdade trazida pelo teletrabalho, que gerou uma demanda interessante para a readequação dos espaços residenciais em espaços multifuncionais, ergonômicos e conectados, parece estar gerando também insatisfações, e a alta produtividade do primeiro momento, foi dando lugar a angústia e a consequente desmotivação de muitos. Isso ocorre, no meu entendimento, pois o ser humano é por essência um ser social, que necessita das relações interpessoais, da vida em comunidade, da troca e do aprendizado por observação. Assim fomos formulados desde nossa ancestralidade.

Com isso, parece estar ressurgindo a necessidade do ambiente de produção desvinculado das atividades cotidianas de nossa casa, família e individualidade. Assim, o ressurgimento dos espaços de trabalho parece iminentes.

Contudo, esses espaços não mais poderão ser como antes. A frieza, a impessoalidade, a formalidade dos espaços de trabalho deverão ser repensadas, aproximando assim com a linguagem do conforto e da intimidade que o ambiente do home office nos possibilitou, isso não apenas por uma questão psicológica, mas porque parece fato que tais sensações ajudaram no aumento da produtividade.

Então, em um momento em que a pandemia ainda parece distante do seu controle, o sistema híbrido não só para as atividades corporativas, como também, para escolas, serviços públicos etc., deverá prosseguir. Os grandes espaços poderão reduzir em até 50% de sua área, considerando um sistema de rodízio dos colaboradores. Tais espaços poderão ser mais arejados, menos densos. Espaços de grandes aglomerações, salas de reuniões poderão dar lugar a espaços de trabalho fluidos, não resumidos a estação de trabalho.

Surge assim, um escritório mais orgânico, pessoal e aconchegante, mesclando a produtividade com o bem-estar e a produção do conhecimento e das relações interpessoais verdadeiras e não virtuais.

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